Cliquem aqui, http://radiovitrolaonline.com.br/, acionem a Rádio Vitrola, minimizem e naveguem suavemente sem comerciais.

.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

A Árvore Generosa


A Árvore Generosa

(The Giving Tree)

Era uma vez uma Árvore que amava um menino.
E todos os dias, o menino vinha e juntava as suas folhas. E com elas fazia coroas de rei. E com a Árvore, brincava de rei da floresta. Subia no seu grosso tronco, balançava-se em seus galhos! Comia seus frutos.
e quando ficava cansado, o menino repousava à sua sombra fresquinha.
O menino amava a Árvore profundamente.
E a Árvore era feliz!

Mas o tempo passou e o menino cresceu!
Um dia, o menino veio e a Árvore disse: "Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos, repousar à minha sombra e ser feliz!”
"Estou grande demais para brincar", respondeu o menino. "Quero comprar muitas coisas. Você tem algum dinheiro que possa me oferecer?"
"Sinto muito", disse a Árvore, "eu não tenho dinheiro. Mas leve os frutos, Menino. Vá vendê-los na cidade, então terá o dinheiro e você será feliz!"
E assim o menino subiu pelo tronco, colheu os frutos e levou-os embora.
E a Árvore ficou feliz!

Mas o menino sumiu por muito tempo... E a Árvore ficou tristonha outra vez.
Um dia, o menino veio e a Árvore estremeceu tamanha a sua alegria, e disse: "Venha, Menino, venha subir no meu tronco, balançar-se nos meus galhos e ser feliz."
"Estou muito ocupado pra subir em Árvores", disse o menino. "Eu quero uma esposa, eu quero ter filhos e para isso é preciso que eu tenha uma casa. Você tem uma casa pra me oferecer?"
"Eu não tenho casa", disse a Árvore. "Mas corte os meus galhos, faça a sua casa e seja feliz."
O menino depressa cortou os galhos da Árvore e levou-os embora para fazer uma casa.
E a Árvore ficou feliz!

O menino ficou longe por um longo, longo tempo, e no dia que voltou, a Árvore ficou alegre, de uma alegria tamanha que mal podia falar.
"Venha, venha, meu Menino", sussurrou, "venha brincar!"
"Estou velho para brincar", disse o menino, "e estou também muito triste." "Eu quero um barco ligeiro que me leve pra bem longe. Você tem algum barquinho que possa me oferecer?"
"Corte meu tronco e faça seu barco", disse a Árvore. "Viaje pra longe e seja feliz!"
O menino cortou o tronco, fez um barco e viajou.
E a Árvore ficou feliz, mas não muito!

Muito tempo depois, o menino voltou.
"Desculpe Menino", disse a Árvore. "não tenho mais nada pra te oferecer. Os frutos já se foram."
"Meus dentes são fracos demais pra frutos", falou o menino.
"Já se foram os galhos para você balançar", disse a Árvore.
"Já não tenho idade pra me balançar", falou o menino.
"Não tenho mais tronco pra você subir", disse a Árvore.
"Estou muito cansado e já não sei subir", falou o menino.
"Eu bem que gostaria de ter qualquer coisa pra lhe oferecer", suspirou a Árvore. "Mas nada me resta e eu sou apenas um toco sem graça. Desculpe...”.
"Já não quero muita coisa", disse o menino, "só um lugar sossegado onde possa me sentar, pois estou muito cansado.”.
"Pois bem", respondeu a Árvore, enchendo-se de alegria. "Eu sou apenas um toco, mas um toco é muito útil pra sentar e descansar. Venha Menino, depressa, sente-se em mim e descanse."
Foi o que o menino fez.
E a Árvore ficou feliz...
A Generosidade faz bem a alma!

José Raul Machado Ribas



Raul, obrigadaço "traveiz"

Um comentário:

  1. Raul, o intimorato bardo, foi muito feliz ao escolher o texto A ÁRVORE GENEROSA. Curiosamente tinha terminado de ler um texto da Márcia, falando sobre generosidade.

    O que nós temos em "TAMANHO GG"?‏
    "Minha amiga trabalha como voluntária, no brechó de um hospital.
    Certo dia adentrou na loja uma "senhora bastante obesa", e de cara a minha amiga pensou que não tinha nada na loja na numeração dela. Sentiu-se apreensiva e constrangida naquela situação, vendo a senhora percorrer as araras em busca de algo, que minha amiga sabia que ela não encontraria.
    Ficou angustiada, porque não queria que a senhora se sentisse mal pelo tamanho das peças de roupas, se sentindo excluída e fazendo a questão do seu sobrepeso vir à tona, de forma implícita.
    Naquele momento minha amiga orou a Deus e pediu que lhe desse sabedoria para conduzir a situação, evitando que a cliente se sentisse excluída ou humilhada na sua autoestima.
    Foi quando o esperado aconteceu. A senhora se dirigiu à minha amiga e disse tristinha:

    "É... não tem nada grande, não é"?
    E a minha amiga, sem até aquele momento saber o que diria, simplesmente abriu os braços de uma ponta a outra e lhe respondeu:
    "Quem disse? Claro que tem! Olha só o tamanho desse abraço!" - E abraçou-a com muito carinho.
    A senhora então se entregou àquele abraço acolhedor e deixou-se tomar pelas lágrimas exclamando: "Há quanto tempo que ninguém me dava um abraço."
    E chorando, tal qual uma criança a procura de um colo, lhe disse: "Não encontrei o que vim buscar, mas encontrei muito mais do que procurava".
    E naquele momento, através dos braços calorosos de minha amiga, Deus afagou a alma daquela criatura, tão carente de amor e de carinho.
    Quantas almas não se encontram também tão necessitadas de um simples abraço, de uma palavra de carinho, de um gesto de amor.
    Será que dentro de nós, se procurarmos no nosso baú, lá nas prateleiras da nossa alma, no estoque do nosso coração, também não acharemos algo "grande" que sirva para alguém?"

    Esta história confirma as palavras do poeta José Raul Machado Ribas: A Generosidade faz bem a alma!
    Meus parabéns.
    Um 2013 repleto de PROSPERIDADE.
    Que também possamos exercer a generosidade para com todas as criaturas, incluindo nossos irmãos, os animais, sempre amados por São Francisco de Assis, o eterno exemplo da GENEROSIDADE.

    ResponderExcluir